Amapaense da cidade de Santana, Márcio Roberto Gomes de Oliveira, doze anos, judoca faixa alaranjada da classe sub 13 categoria super ligeiro, começou no projeto social Ronildo Nobre. Motivado por um amigo que já treinava no projeto, Marcio, que vem de uma família humilde do município portuário, até então nunca teve condições de sair de sua cidade natal e tampouco teve recursos para pagar uma academia de judô.
O projeto social de Ronildo Nobre resgatou esse garoto do risco social e ele hoje já coleciona medalhas e viaja para todas as partes do Brasil e também para o exterior, para defender o seu estado nas competições de judô. Seu técnico é Ronildo Nobre e seu preparador físico é Ronan Nobre.
Principais Títulos: Campeão Brasileiro Regional, Vice-Campeão Brasileiro e Campeão Sul americano.
JG - Sagrar-se campeão Sul-americano e Vice-campeão Brasileiro este ano é uma conquista para poucos. Conte-nos como foi sua emoção nessas conquistas.
Márcio: Foi uma emoção muito grande, que nem consigo descrever. Ver faixa no clube e na escola enfatizando minhas conquistas me fez acreditar que eu posso tudo. Basta querer, acreditar em mim e em Deus.
JG - Assim como o Sávio, sabemos que a distância de sua casa para os locais onde normalmente são realizadas as competições nacionais encarece demais para se manter no esporte. Quais foram suas dificuldades e como você conseguiu superar o desafio de prospectar verba para poder participar das competições?
Márcio: Infelizmente não tenho apoio. Só os amigos do sensei e os próprios atletas do clube que fazer uma coleta para que possa viajar e representar meu estado.
JG - E o que você está achando do fato de poder conhecer novos lugares quando sai para competir?
Márcio: É maravilhoso. Nunca pensei que poderia conhecer tantos Estados e viajar para fora do país. O judô me deu tudo isso e dará muito mais. Só depende de mim e principalmente de Deus.
JG - Como é sua preparação para as competições?
Márcio: Muito forte. Quando se trata de treinamento o sensei é muito rígido. Tentei amenizar isso o convidando para ser meu padrinho e "quebrei a cara". Ele me faz treinar duas vezes mais forte. Sorte minha, pois os resultados começam a aparecer.
JG - E na escola, está tendo o mesmo desempenho das competições?
Márcio: Quando o Sávio me falou dessa pergunta, fiquei torcendo para que ela não fosse feita para mim, pois não estou indo muito bem na escola e o sensei não me deixou fazer o exame de faixa por esse motivo. Mas prometo que na próxima entrevista estarei bem melhor, senão continuarei na faixa laranja.
JG - Depois de todos os resultados positivos deste ano, quais seus objetivos com o judô no futuro?
Márcio: O sensei acredita que eu possa um dia estar nas Olimpíadas representando meu país. Eu vou correr atrás desse sonho com todas as minhas forças, pois é um sonho nosso.
JG - Para encerrarmos nosso “Uchikomi”, por favor, deixe uma mensagem para os judocas.
Márcio: Nunca diga: Não conseguirei. DIga: Tentarei até o fim.
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