Ainda falta algum tempo para que tenhamos o primeiro jogo da temporada e os problemas continuam os mesmos do ano passado. A falta de condições do Glicério Marques é um fato tão corriqueiro que poucos questionam.
Porém a FAF terá que resolver a questão do pagamento das cotas de arbitragem, que estão atrasadas desde o campeonato de 2011. Antes mesmo do término da competição já havia um movimento de protesto. Nos jogos finais a Federação teve dificuldades para fazer a escala porque os juízes se negavam a entrar em campo.
No jogo final veio um trio inteiramente de fora a guisa de atração. Porém por trás de tudo estava a insatisfação dos árbitros. De lá pra cá trinta e seis membros do departamento entraram com uma ação na Justiça do Trabalho onde pedem o pagamento das cotas atrasadas.
Muitos podem pensar que esse problema é novo. No entanto em 1997 quando assumi a direção técnica da FAF deparei com a mesma dificuldade. No ano anterior não teve campeonato amapaense e um dos fatores foi a inadimplência junto aos integrantes do departamento de árbitros.
Para que a competição pudesse ter início consegui patrocínio junto a um empresário já falecido e entreguei ao presidente da época. Só depois disso os árbitros aceitaram entrar em campo.
O problema se repete desde então. Todo ano sobra um débito junto aos integrantes do departamento. É bom ressaltar que aqui a cota é uma das menores do país. Talvez por conta das arrecadações irrisórias verificadas durante o campeonato.
Também por conta disso existe pouca renovação. Ninguém quer ser juiz de futebol. Os que estão atuando são os mesmo há muito tempo. Pra piorar árbitros de qualidade como Elivaldo Castro ameaçam aposentar o apito.
Esta semana o vice-presidente Paulo Rodrigues disse numa entrevista que a FAF vai afastar alguns integrantes da lista dos que entraram na justiça. Porém não dá pra formar árbitros do dia pra noite. Se não der uma solução para o problema a direção da FAF vai enfrentar um problema bem maior que a falta de condições dos estádios.
Suponhamos que permaneça o impasse. O campeonato local teria que ser dirigido por árbitros de fora. Isso não seria nada bom. Correto é pagar os juízes e auxiliares locais que não estão querendo nada mais do que lhes é de direito.
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