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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

VIRANDO A PÁGINA

Hoje quero lembrar a Macapá de outros tempos. A cidade está aniversariando e tem muita história pra contar. No futebol já tivemos épocas melhores, quando o macapaense comparecia em massa ao estádio. Nessa época os meios de comunicação contribuíam, relatando exatamente o que estava acontecendo. Havia então dirigentes de clubes que mereciam respeito pelo compromisso que tinham com suas cores.
Todo ano havia o assédio de clubes de outros Estados na busca por nossas revelações. Em muitas oportunidades os jogadores aqui revelados tornaram-se referências do futebol brasileiro. Digo isto sem medo de exagerar. Até porque quem viveu aquela época sabe que o que digo é uma verdade absoluta.
Depois que o nosso futebol passou a ser profissional vieram as mudanças pra pior. Ainda chegamos a ter alguns bons campeonatos. Isso aconteceu antes de políticos com mandato se apossarem dos clubes e da Federação. Desde então vivemos um verdadeiro engodo.
Na última década foi implantado aqui um modelo em que a maior parte da mídia trabalhava para enganar o torcedor. Poucas eram as vozes que se levantavam contra esse esquema, que ludibriava a população. Campeonatos sofríveis eram noticiados como competições excelentes. A torcida foi obrigada a aceitar as péssimas condições do Glicério Marques porque o prefeito cooptava a mídia oferecendo algumas benesses.
Paguei caro pela ousadia de tentar mostrar a verdade dos fatos. Fui alvo de toda sorte de agressões por que nunca concordei com esse esquema.
O ano de 2012 é emblemático. Apesar da presença de algumas figuras nefastas que ainda permanecem no comando do futebol, parece que finalmente estamos virando a página. Se depender do governo do Estado vamos deixar em breve tudo isso pra trás. A reinauguração do Zerão vai representar o pontapé inicial para o resgate do futebol amapaense. Mas para que isso aconteça será preciso incutir nos dirigentes uma nova mentalidade, voltada somente para os interesses do futebol.
Nunca é demais lembrar que a FAF tem que fazer o que a maioria dos clubes determina. Os clubes serão responsáveis pela mudança e se eles se organizarem o governo do Estado será o melhor parceiro.
Somente assim o futebol local voltará a revelar jogadores e o torcedor terá prazer de ir aos estádios novamente. Sopram os ventos do novo tempo e a população de Macapá, nossa querida aniversariante hoje tão mal cuidada, precisa sorrir outra vez.


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