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domingo, 24 de outubro de 2010

ORLANDO TORRES

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Orlando Torres

Humberto Santos havia deixado o Juventus ao se desentender com os padres da Prelazia. Logo ele reativou o São José no Centro Educacional do Laguinho. No primeiro ano o tricolor montou um time modesto para disputar o campeonato. Mas no ano seguinte os jogadores do Juventus deixaram o "Moleque Travesso" e se transferiram para o tricolor.
A partir daí estava começando a fase de ouro do São José. Entre os jogadores que saíram do Juventus estava um volante de pequena estatura, mas respeitado pelos adversários. Orlando Torres seria a partir daí o atleta de maior longevidade a vestir a camisa tricolor. Nem Alceu, que eu considero o maior ídolo da história do mais querido, disputaria tantos jogos pelo padroeiro.
Orlando estava naquele time que tinha Antoninho Costa e Paulo Rodolfo nas laterais. Jogou com Odilon, Juci e Timbó. Comandou o Sanjusa de Bico, Pretote, Cabecinha e Zezinho Macapá. Sempre foi uma espécie de motor do meio campo. Responsável pela marcação dos melhores jogadores do time adversário, esse antigo volante levava sua missão ao pé da letra.
Embora funcionário da LBA e trabalhando junto com o Chefe Humberto, Orlando não saiu do São José quando o treinador passou para o Ypiranga. Enquanto isso as gerações de novos jogadores iam passando pelo clube. Por sua longa permanência o volante passou a ser chamado de "seu" Orlando pelos mais novos.
Os adversários do São José temiam um confronto com aquele baixinho da camisa cinco. Ele fazia parte do grupo de jogadores que apesar da compleição física eram bastante temidos. O tempo foi passando e Orlando seguiu no posto de jogador mais antigo do tricolor.
Jogou muitos campeonatos. Anualmente via chegar gente nova. Mas continuava imbatível no meio campo. Quando resolveu pendurar as chuteiras antigos companheiros já haviam parado. Daquele grupo que veio do Juventus ele foi o último a sair de campo.
Na quinta-feira fiquei surpreso ao encontrar Orlando Torres no Glicério Marques. Ele assistia a final do turno entre Santana e Trem. O ex-jogador gostou do que viu em campo e disse que o futebol amapaense continua tendo jogadores de nível. Só esqueceu-se de dizer que poucos conservam o amor que havia antes na relação entre jogador e clube.
Foi o caso dele com o São José. A história do tricolor não poderá ser contada sem que o nome desse grande atleta seja citado

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